segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Derretendo


No calor do verão as horas passam mais lentas. Como se os ponteiros derretessem em um surreal relógio de Dali. Olho através da janela fechada, de dentro do ambiente climatizado, e posso sentir o calor na copa das árvores tremulas. Há uma brisa quente que lembra o ar que sai quando se abre o forno da cozinha. Há uma aparente calma na cidade vazia, parada, por vezes melancólica. Saio na rua, me sinto pegajoso, estou derretendo junto com os relógios e os sorvetes. Reclamar é fácil e pouco ajuda, mas existem momentos em que é difícil de resistir à tentação delirante de querer estar em outro lugar... felizes são os cubos de gelo no meu freezer...


...dez graus a menos por favor!



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