No calor do verão as horas passam mais lentas. Como se os ponteiros derretessem em um surreal relógio de Dali. Olho através da janela fechada, de dentro do ambiente climatizado, e posso sentir o calor na copa das árvores tremulas. Há uma brisa quente que lembra o ar que sai quando se abre o forno da cozinha. Há uma aparente calma na cidade vazia, parada, por vezes melancólica. Saio na rua, me sinto pegajoso, estou derretendo junto com os relógios e os sorvetes. Reclamar é fácil e pouco ajuda, mas existem momentos em que é difícil de resistir à tentação delirante de querer estar em outro lugar... felizes são os cubos de gelo no meu freezer...
...dez graus a menos por favor!
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