terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Vida livre





Hábitos são ações condicionadas pela história pessoal, repetições do lado mecânico e compulsivo de nossa consciência moldada pela urbanidade. É quem pensamos ser que nos mantém como pensamos ser. Nos vemos humanos, inteligentes e capazes, esquecendo dos animais que habitam dentro de nós e pedem passagem para ser livres, para voar, rosnar, correr, rugir... somos um cativeiro de instintos e vontades, um conteiner que se enche na medida em que nos reprimimos, e que um dia qualquer vaza, extravasa, rasga o véu aparente de nossa polidez. É preciso uma grande dose de energia para se libertar das amarras do eu. Para perder a ilusão do controle. Para ouvir o chamado. Romper as descrições de nós mesmos, desestruturar os velhos conceitos, o ciclo no qual fomos concebidos, a rotina, os mesmos padrões de pensar e agir... o turbilhão.................................................................


........................... o silêncio... no silêncio há uma voz suave... a voz da essência... que vem nos contar belas histórias sobre novas possibilidades... e ao ouvir tamanha leveza a alma sorri como quem pela primeira vez vai ao circo... com a inocência do peito aberto... nada a perder.. nada a ganhar... nenhum lugar para ir... somente uma sensação de felicidade... a alegria verdadeira que mora no coração, e que por vezes, quando consegue vir à tona, mostra o estado de graça que está ao alcance de todos... todos... sem exceção... é um caminho difícil.. requer atenção impecável, vontade e muita disposição... dizem que somos um somatório de nossas escolhas... eu definitivamente escolhi caminhar... firme na trilha mais longa, mais íngreme, mais complicada, que me levará ao lugar mais belo de todos: uma vida livre!


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