sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

(In)versão

Esse texto não tem rimas

Não tem regras

Nem ritmo definido

 

Melhor seria chamá-lo de "antitexto"

Antítese poética

Fonte de perturbação

Contrário do contrário

 

Pura ausência declarada de conceitos

Por mero exercício de estilo

 

Parquinho de palavras

Lúdica lírica

Passeio em um domingo verbal

 

Ao brincar com formas e pontuações

Eu percebi algo curioso

É divertido ver como a simetria incomoda uns

Confortando outros...

Assim como a anarquia agrada o independente

E causa temor ao ser do rebanho

De qualquer jeito...

O exercício da crítica pelo oposto

Ou a destruição sem construção

É vazia como um botijão sem gás...

Nunca irá incendiar nada!


Aqui parado refletindo

Olhando para meus pensamentos

Por vezes desconexos e caóticos

Por vezes organizados e lógicos

Vejo a forma como um meio

Que leva as palavras e idéias ao leitor

E sendo essa uma discussão sobre meios e fins

Me ausento de ter posição

Como quem foge da guerra por não ter tesão

 

Fico sentado em cima do muro

Achando que tanto fez como tanto faz

... sou admirador convicto da diversidade!!!

 

Abril de 2008

Nenhum comentário:

Postar um comentário